quarta-feira, 7 de outubro de 2020

IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS

 

Imagem vem do hebraico “sélem” e do grego “eikõn”, e semelhança, do hebraico “de-müt”.

Há uma série de palavras em uso, as quais comportam mais de um sentido, expressam pensamentos diversos e representam objetos diferentes. A palavra imagem tanto pode representar um quadro ou uma figura abstrata como também pode referir-se a um desenho, a uma escultura, a uma estampa, ou a qualquer objeto reproduzido através da luz ou da sombra.

Na Antiguidade havia a idéia de que o homem foi criado segundo a imagem de algum deus, particularmente entre os babilônios. As expressões imagem e semelhança que aparecem em Gênesis 1.26,27; 5.1; 9.6 têm o mesmo sentido: o seu significado é que o homem tem a semelhança com Deus, não se tratando de uma semelhança natural e uma imagem sobrenatural. O homem é parecido com Deus assim como o filho com seu pai, porque recebeu do seu Criador algo divino. O homem, como imagem de Deus, representa Deus entre as demais criaturas. O homem é como um rei constituído por Deus para reinar sobre as demais criaturas (Gn 1.28; Sl 8.7). Mais tarde do que o tempo em que o Pentateuco foi escrito, desenvolveu-se o conceito de que a semelhança com Deus estava relacionada com a imortalidade, para a qual Deus criou o homem, e que o homem perdeu na queda.

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra” (Gn 1.26). Pode ser que alguém, ao ler essa declaração, julgue-se tão importante quanto o próprio Criador. Uma vez que é feito à sua imagem, conforme à sua semelhança, poderá orgulhar-se de sua origem. Antes que tal coisa aconteça, convém saber que a semelhança de alguma coisa nunca foi, não é, nem será igual ao original. Anotem bem o sentido da palavra semelhança que quer dizer parecença, imitação, analogia, na ordem física ou moral, mas não significa que é igual ao objeto a que se assemelha. Essa restrição que se interpõe entre o objeto legítimo e original e o objeto semelhante não é levantada pelo Criador. Por outro lado, a atitude do ser criado, em razão da liberdade de pensar e de agir que recebeu do Criador, o livre arbítrio com que foi dotado por Deus para que escolhesse livremente, e não como um autômato, fez com que a semelhança perdesse o brilho e se transformasse em imagem moralmente manchada, prejudicada pela ausência da inocência e da santidade que deveria possuir.

Apesar da queda e da catástrofe moral que a desobediência provocou na vida do homem, apesar de possuir a figura manchada pelo pecado, contudo, o homem, por bondade divina, continua a exibir-se como imagem de Deus, que um dia será restaurada ao estado de santidade e de glória em que foi criado.

No Novo Testamento, a imagem sempre significa a representação de um objeto ou de uma pessoa; a lei mosaica é apenas a sombra e não a imagem das coisas vindouras (Hb 10.1). O apóstolo Paulo assim se expressou quanto à imagem que o homem é de Deus: “o homem não deve cobrir a cabeça por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem” (1 Co 11.7); o homem, criado imediatamente por Deus, representa e reflete a glória do Criador. O primeiro homem foi feito do pó da terra e por isso é terrestre e não celeste, como é o segundo Adão, Jesus Cristo (1 Co 15.47). Assim, o cristão é “predestinado para se tornar semelhante à imagem do Filho de Deus” (Rm 8.29); para que possa alcançar uma perfeita semelhança com o Cristo glorificado, deve “trazer a imagem do homem celeste” (1 Co 15.49), representar e realizar no corpo e na alma o Cristo glorificado. O cristão, segundo a carne, é a imagem do Adão terrestre, e deve ser transformado inteiramente para alcançar o estado do segundo Adão, que é a imagem perfeita de Deus (2 Co 4.4; Cl 1.15). A razão de o Cristo ser a imagem de Deus e o representante perfeito de seu Pai entre os homens é porque Ele é o Filho de Deus (Jo 1.14,18; 12.45; 14.19; Hb 1.3).

Até aqui focalizamos a palavra imagem no sentido moral e espiritual. A palavra, entretanto, tem uma interpretação de ordem material, isto é, imagem, em linguagem popular, é uma estátua, um desenho, uma estampa, representando, de modo geral, um motivo religioso.

Convém conhecer o que as Escrituras declaram acerca de imagens como objetos dedicados ao culto religioso. Deus foi muito claro acerca desse assunto, quando entregou a Moisés os Dez Mandamentos que deveríam orientar a vida moral e religiosa do povo de Israel. Sempre é bom ler o que está escrito; é bom consultar a Bíblia: “Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou da terra do Egito, da casa de servidão. Não terás outros deuses diante de mim.

Não farás para ti imagens de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra” (Êx 20.2-4). Como se vê, o Senhor proibiu, de modo muito claro, que o seu povo desviasse a atenção do verdadeiro Deus para objetos inanimados, para que não considerasse o Deus vivo e verdadeiro igual a uma simples figura. A razão da inclusão dessa proibição nos Dez Mandamentos era, sem dúvida, para que o povo de Israel não se nivelasse espiritualmente com os povos pagãos, que faziam e adoravam deuses que não podiam ver, nem ouvir, nem ajudar a ninguém (Dt 4.15-19).

Os Dez Mandamentos são o conjunto mais perfeito de lei que se conhece. O decálogo tem servido de modelo para as constituições de vários países.

Convém saber que Deus não proibiu a fabricação de estátuas, colunas ou monumentos em que a arquitetura apresenta a habilidade do escultor ou do arquiteto. A arte, a beleza e a inspiração sempre tiveram a apresentação divina. O que se lê nos Dez Mandamentos é a proibição de se fazer imagens para serem adoradas ou cultuadas. As obras de arte que povoam os parques e jardins são peças ornamentais que deleitam o espírito e alegram os sentimentos artísticos. Os quadros que figuram nos museus educam e ensinam a amar a perfeição e o belo. Convém lembrar que beleza, perfeição e nobreza são qualidades que Deus deseja ver em todas as vidas. Assim sendo, convém não confundir a arte, a beleza e a inspiração criativa com a proibição expressa nos Dez Mandamentos.

Quando Deus ordenou a Moisés que construísse o Tabernáculo, isto é, o templo da peregrinação no deserto, o mesmo Senhor outorgou inspiração artística a dois homens -chamados Bezaleel e Aoliabe, aos quais encheu de sabedoria, entendimento e ciência em todo o artifício para inventar em invenções para trabalharem em ouro, e em prata, e em cobre, e em artifício de pedras de engastar (Êx 35.31-33). O que os leitores acabam de ler demonstra que Deus ama a arte e os artistas e Ele mesmo dá inspiração para produzir o que realmente é bom e belo. Mas Deus não consente que se adorem as obras humanas nem que a elas se preste culto.

Ainda para completar a explicação acerca de imagens e suas finalidades e da arte ornamental e educativa, Deus ordenou aos artesãos que Ele chamara e inspirara que, além das obras de madeira talhada, dos bordados de linho colorido, dos varais cobertos de ouro, além de tudo isso, e para completar a ornamentação do Tabernáculo, ordenou que se fizessem dois querubins, isto é, obra feita à mão, perfeita, como tudo que vem de Deus.

sábado, 3 de outubro de 2020

Documentário : Entenda a Reforma Protestante

 


Documentário: Herrnhuter e o Avivamento Moraviano


 

A História dos Jovens Missionários Moravianos

 


OS MORAVIANOS SE VENDERAM COMO ESCRAVOS PARA LIBERTAREM VIDAS PARA DEUS!

Iniciado em Hernhut, Alemanha no século 18, o movimento de oração continua (24 horas) chamado Moravianos durou por quase 100 anos, e eles não oravam por aquilo que não estavam dispostos a ser a resposta.

Dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia cujo dono era um Britânico agricultor e ateu, este tinha tomado das florestas da África mais de 2000 pessoas e feito delas seus escravos, essas pessoas iriam viver e morrer sem nunca ouvirem falar de Cristo.
Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: ” Nenhum pregador e nenhum clérico chegaria a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”. Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: “E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?”, o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda para custear sua viagem.
No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas famílias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se abraçaram e gritaram suas ultimas palavras que foram ouvidas:

QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU SOFRIMENTO“.

Estou convencido que não devo orar se não estou disposto a ser resposta pelo o que estou orando. “… Deus é poderoso pra fazer muito mais…. de acordo com Seu poder que opera em nós” (Ef. 3:20)