quarta-feira, 7 de outubro de 2020

IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS

 

Imagem vem do hebraico “sélem” e do grego “eikõn”, e semelhança, do hebraico “de-müt”.

Há uma série de palavras em uso, as quais comportam mais de um sentido, expressam pensamentos diversos e representam objetos diferentes. A palavra imagem tanto pode representar um quadro ou uma figura abstrata como também pode referir-se a um desenho, a uma escultura, a uma estampa, ou a qualquer objeto reproduzido através da luz ou da sombra.

Na Antiguidade havia a idéia de que o homem foi criado segundo a imagem de algum deus, particularmente entre os babilônios. As expressões imagem e semelhança que aparecem em Gênesis 1.26,27; 5.1; 9.6 têm o mesmo sentido: o seu significado é que o homem tem a semelhança com Deus, não se tratando de uma semelhança natural e uma imagem sobrenatural. O homem é parecido com Deus assim como o filho com seu pai, porque recebeu do seu Criador algo divino. O homem, como imagem de Deus, representa Deus entre as demais criaturas. O homem é como um rei constituído por Deus para reinar sobre as demais criaturas (Gn 1.28; Sl 8.7). Mais tarde do que o tempo em que o Pentateuco foi escrito, desenvolveu-se o conceito de que a semelhança com Deus estava relacionada com a imortalidade, para a qual Deus criou o homem, e que o homem perdeu na queda.

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra” (Gn 1.26). Pode ser que alguém, ao ler essa declaração, julgue-se tão importante quanto o próprio Criador. Uma vez que é feito à sua imagem, conforme à sua semelhança, poderá orgulhar-se de sua origem. Antes que tal coisa aconteça, convém saber que a semelhança de alguma coisa nunca foi, não é, nem será igual ao original. Anotem bem o sentido da palavra semelhança que quer dizer parecença, imitação, analogia, na ordem física ou moral, mas não significa que é igual ao objeto a que se assemelha. Essa restrição que se interpõe entre o objeto legítimo e original e o objeto semelhante não é levantada pelo Criador. Por outro lado, a atitude do ser criado, em razão da liberdade de pensar e de agir que recebeu do Criador, o livre arbítrio com que foi dotado por Deus para que escolhesse livremente, e não como um autômato, fez com que a semelhança perdesse o brilho e se transformasse em imagem moralmente manchada, prejudicada pela ausência da inocência e da santidade que deveria possuir.

Apesar da queda e da catástrofe moral que a desobediência provocou na vida do homem, apesar de possuir a figura manchada pelo pecado, contudo, o homem, por bondade divina, continua a exibir-se como imagem de Deus, que um dia será restaurada ao estado de santidade e de glória em que foi criado.

No Novo Testamento, a imagem sempre significa a representação de um objeto ou de uma pessoa; a lei mosaica é apenas a sombra e não a imagem das coisas vindouras (Hb 10.1). O apóstolo Paulo assim se expressou quanto à imagem que o homem é de Deus: “o homem não deve cobrir a cabeça por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem” (1 Co 11.7); o homem, criado imediatamente por Deus, representa e reflete a glória do Criador. O primeiro homem foi feito do pó da terra e por isso é terrestre e não celeste, como é o segundo Adão, Jesus Cristo (1 Co 15.47). Assim, o cristão é “predestinado para se tornar semelhante à imagem do Filho de Deus” (Rm 8.29); para que possa alcançar uma perfeita semelhança com o Cristo glorificado, deve “trazer a imagem do homem celeste” (1 Co 15.49), representar e realizar no corpo e na alma o Cristo glorificado. O cristão, segundo a carne, é a imagem do Adão terrestre, e deve ser transformado inteiramente para alcançar o estado do segundo Adão, que é a imagem perfeita de Deus (2 Co 4.4; Cl 1.15). A razão de o Cristo ser a imagem de Deus e o representante perfeito de seu Pai entre os homens é porque Ele é o Filho de Deus (Jo 1.14,18; 12.45; 14.19; Hb 1.3).

Até aqui focalizamos a palavra imagem no sentido moral e espiritual. A palavra, entretanto, tem uma interpretação de ordem material, isto é, imagem, em linguagem popular, é uma estátua, um desenho, uma estampa, representando, de modo geral, um motivo religioso.

Convém conhecer o que as Escrituras declaram acerca de imagens como objetos dedicados ao culto religioso. Deus foi muito claro acerca desse assunto, quando entregou a Moisés os Dez Mandamentos que deveríam orientar a vida moral e religiosa do povo de Israel. Sempre é bom ler o que está escrito; é bom consultar a Bíblia: “Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou da terra do Egito, da casa de servidão. Não terás outros deuses diante de mim.

Não farás para ti imagens de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra” (Êx 20.2-4). Como se vê, o Senhor proibiu, de modo muito claro, que o seu povo desviasse a atenção do verdadeiro Deus para objetos inanimados, para que não considerasse o Deus vivo e verdadeiro igual a uma simples figura. A razão da inclusão dessa proibição nos Dez Mandamentos era, sem dúvida, para que o povo de Israel não se nivelasse espiritualmente com os povos pagãos, que faziam e adoravam deuses que não podiam ver, nem ouvir, nem ajudar a ninguém (Dt 4.15-19).

Os Dez Mandamentos são o conjunto mais perfeito de lei que se conhece. O decálogo tem servido de modelo para as constituições de vários países.

Convém saber que Deus não proibiu a fabricação de estátuas, colunas ou monumentos em que a arquitetura apresenta a habilidade do escultor ou do arquiteto. A arte, a beleza e a inspiração sempre tiveram a apresentação divina. O que se lê nos Dez Mandamentos é a proibição de se fazer imagens para serem adoradas ou cultuadas. As obras de arte que povoam os parques e jardins são peças ornamentais que deleitam o espírito e alegram os sentimentos artísticos. Os quadros que figuram nos museus educam e ensinam a amar a perfeição e o belo. Convém lembrar que beleza, perfeição e nobreza são qualidades que Deus deseja ver em todas as vidas. Assim sendo, convém não confundir a arte, a beleza e a inspiração criativa com a proibição expressa nos Dez Mandamentos.

Quando Deus ordenou a Moisés que construísse o Tabernáculo, isto é, o templo da peregrinação no deserto, o mesmo Senhor outorgou inspiração artística a dois homens -chamados Bezaleel e Aoliabe, aos quais encheu de sabedoria, entendimento e ciência em todo o artifício para inventar em invenções para trabalharem em ouro, e em prata, e em cobre, e em artifício de pedras de engastar (Êx 35.31-33). O que os leitores acabam de ler demonstra que Deus ama a arte e os artistas e Ele mesmo dá inspiração para produzir o que realmente é bom e belo. Mas Deus não consente que se adorem as obras humanas nem que a elas se preste culto.

Ainda para completar a explicação acerca de imagens e suas finalidades e da arte ornamental e educativa, Deus ordenou aos artesãos que Ele chamara e inspirara que, além das obras de madeira talhada, dos bordados de linho colorido, dos varais cobertos de ouro, além de tudo isso, e para completar a ornamentação do Tabernáculo, ordenou que se fizessem dois querubins, isto é, obra feita à mão, perfeita, como tudo que vem de Deus.

sábado, 3 de outubro de 2020

Documentário : Entenda a Reforma Protestante

 


Documentário: Herrnhuter e o Avivamento Moraviano


 

A História dos Jovens Missionários Moravianos

 


OS MORAVIANOS SE VENDERAM COMO ESCRAVOS PARA LIBERTAREM VIDAS PARA DEUS!

Iniciado em Hernhut, Alemanha no século 18, o movimento de oração continua (24 horas) chamado Moravianos durou por quase 100 anos, e eles não oravam por aquilo que não estavam dispostos a ser a resposta.

Dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia cujo dono era um Britânico agricultor e ateu, este tinha tomado das florestas da África mais de 2000 pessoas e feito delas seus escravos, essas pessoas iriam viver e morrer sem nunca ouvirem falar de Cristo.
Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: ” Nenhum pregador e nenhum clérico chegaria a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”. Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: “E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?”, o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda para custear sua viagem.
No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas famílias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se abraçaram e gritaram suas ultimas palavras que foram ouvidas:

QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU SOFRIMENTO“.

Estou convencido que não devo orar se não estou disposto a ser resposta pelo o que estou orando. “… Deus é poderoso pra fazer muito mais…. de acordo com Seu poder que opera em nós” (Ef. 3:20)

sábado, 26 de setembro de 2020

Entendendo Jesus Segundo o Novo Testamento - Parte III

 

Logos

João 1.1 apresenta Cristo mediante o termo grego logos, que significa "palavra", "demonstração", "mensagem", "de­claração" ou "o ato da fala". Mas Oscar Cullman aponta a importância de se reconhecer que, em João 1, logos tem um significado específico: é descrito como uma hypostasis (Hb 1.3), uma existência distinta e pessoal de um ser real e específico.29 João 1.1 demonstra que "o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" são duas expressões simultanea­mente verídicas.30 Isto significa jamais ter havido um período em que o Logos não existisse juntamente com o Pai.31

João passa, então, a demonstrar o Verbo atuante na criação. Gênesis 1.1 nos ensina que Deus criou o mundo. João 1.3 especifica que o Senhor Jesus Cristo, no seu estado pré-encarnado, fez a obra da criação, executando a vontade e o propósito do Pai.

Descobrimos também que é no Verbo que a vida se encontra. João 1.4 diz: "Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens". Porque Jesus é o referencial da vida, o único lugar onde ela pode ser conquistada. E aqui se descreve a existência de uma qualidade de vida: a vida eterna. Esta espécie de vida está disponível em Deus, pelo seu poder vivificante através do Verbo vivo. Somente obtemos a vida eterna como a vida de Cristo em nós.

O fato de não ter o mundo compreendido o Logos, indi­ca-o João 1.5: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam". Na continuação, João Batista aparece como testemunha enviada daquela Luz. Mas queremos foca­lizar a nossa atenção neste ponto: "Ali estava a luz verdadei­ra, que alumia a todo homem que vem ao mundo, estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conhe­ceu" (1.9,10). O Criador do mundo, a segunda Pessoa da Trindade, Deus Filho, estava aqui no mundo, mas este não o reconheceu. O versículo seguinte é mais específico: "Veio para o que era seu [seu próprio lugar, a Terra que criara], e os seus [seu próprio povo, Israel] não o receberam" (1.11).

Os herdeiros da aliança, os descendentes físicos de Abraão, não o receberam. Este tema é destaque e percorre todo o Evangelho de João: a rejeição de Jesus. Quando Jesus prega­va, alguns judeus zombavam. Quando Jesus disse: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se", os judeus, na sua incredulidade, retrucaram: "Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?" Então Jesus declarou: "Antes que Abraão existisse, eu sou" (Jo 8.57,58). O tempo presente do verbo, "sou", indica existência linear. Antes que Abraão fosse, o Filho já é.

Embora muitos rejeitassem a mensagem, alguns nasce­ram de Deus. Em João 1.12 lemos: "Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome". Em outras palavras, Jesus estava redefinindo toda a realidade de alguém tornar-se filho de Deus. Até aquele momento, a pessoa precisava nascer especificamente no povo de Israel, chamado segundo a ali­ança (ou pelo menos afiliar-se a ele), para ter aquela oportu­nidade. João, porém, enfatiza que a mensagem espiritual, o Evangelho poderoso, chegara às pessoas, e que elas haviam recebido Jesus, o Logos. Recebê-lo importava em obter o direito ou autoridade de se tornar filho de Deus. Alguns dos que o receberam eram judeus, e outros eram gentios. Jesus derrubou o muro divisório e franqueou a salvação a todos os que desejassem chegar a Ele e recebê-lo pela fé (1.13).

A verdade essencial a respeito do Logos ora descrito, vê-se em João 1.14: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós". Aqui o termo logos é aproveitado para descrever Jesus Cris­to, mas a realidade da sua Pessoa vai além do que abrange o sentido secular do conceito. Para os antigos gregos devota­dos à filosofia, um logos feito carne seria uma impossibilida­de. Por outro lado, para os que crerem no Filho de Deus, um logos na carne é a chave para se entender a encarnação. E é exatamente isto que a encarnação significa: o Logos preexistente tomou sobre si a carne humana e andou entre nós.

TEOLOGIA SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON

A Santíssima Trindade - Parte III

 

Evidências Bíblicas para a Doutrina

O Novo Testamento

João começa o prólogo do seu Evangelho com a revela­ção do Verbo:  "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1.1). B. F. Westcott observa que, aqui, João leva nossos pensamentos para além do começo da Criação, no tempo, para a eternidade.12 O verbo "era" (gr. en, pretérito imperfeito de eimi, "ser") apa­rece três vezes nesse versículo e, mediante todo o versículo, o apóstolo transmite a idéia de que nem Deus, nem o Verbo (gr. Logos), tem começo; sempre existiram em conjunto, e assim continua.13

A segunda parte do versículo continua: "E o Verbo esta­va com Deus [pros ton theon]". O Logos existe com Deus, em perfeita comunhão, por toda a eternidade. A palavra pros (com) revela o relacionamento "face a face" que o Pai e o Filho sempre compartilharam.14 A frase final de João é uma declaração nítida da divindade do Verbo: "E o Verbo era Deus".15

João continua a revelar-nos que o Verbo entrou na His­tória (1.14) como Jesus de Nazaré, sendo Ele mesmo "o Único Deus, que está ao lado do Pai".16 E o Verbo tornou o Pai conhecido (1.18). O Novo Testamento revela, ainda que, pelo fato de Jesus Cristo ter compartilhado da glória de Deus desde toda a eternidade (Jo 17.5), Ele é objeto da adoração reservada somente a Deus: "Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus" (Fp 2.10,11; ver também Ex 20.3; Is 45.23; Hb 1.8).

Foi através do Verbo eterno, Jesus Cristo, que Deus Pai criou todas as coisas (Jo 1.3; Ap 3.14).17 Jesus se identifica como o soberano "Eu sou" (Jo 8.58; cf. Êx 3.14).18 Em João 8.59, os judeus sentiram-se impulsionados a pegar em pedras para matar a Jesus em virtude dessa refyindicação. Tentaram fazer a mesma coisa mais tarde depois de haver Ele declarado em João 10.30: "Eu e o Pai somos um". Os judeus que o escutaram consideraram-no blasfemo: "Sendo tu homem, te, fazes Deus a ti mesmo" (Jo 10.33; cf. Jo 5.18).

Paulo identifica Jesus como o Deus que provê todas as coisas: "Ele é antes de todas a coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17). Jesus é o "Deus Forte" que reinará como Rei no trono de Davi, e o tornará eterno (Is 9.6,7). Seu conhecimento é perfeito e completo. Pedro falou assim a nosso Senhor: "Senhor, tu sabes tudo" (Jo 21.17). O próprio Cristo disse: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11.27; cf. Jo 10.15).19

Jesus agora está presente em todos os lugares (Mt 18.20), e é imutável (Hb 13.8). Ele compartilha este títu­lo com o Pai: "o Primeiro e o Último" (Ap 1.17; 22.13). Jesus é o nosso Redentor e Salvador (Jo 3.16,17; Hb 9.28; 1 Jo 2.2), nossa Vida e Luz (Jo 1.4), nosso Pastor (Jo 10.14; 1 Pe 5.4), aquele que nos justifica (Rm 5.1), e que virá em breve como "REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" (Ap 19.16). Jesus é a Verdade (Jo 14.6) e o Consolador, cujo conforto e ajuda transbordam em nossa vida (2 Co 1.5). Isaías também o chama nosso "Conse­lheiro" (Is 9.6), e Ele é a Rocha (Rm 9.33; 1 Co 10.4). Ele é santo (Lc 1.35) e habita naqueles que lhe invocam o nome (Rm 10.9,10; Ef 3.17).

Tudo quanto se pode dizer a respeito de Deus Pai, tam­bém pode ser dito a respeito de Jesus Cristo. "Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9). "Cristo... é sobre todos, Deus bendito eternamente" (Rm 9.5). Jesus falou de sua plena igualdade com o Pai: "Quem me vê a mim vê o Pai... estou no Pai, e o Pai, em mim" (Jo 14.9-11).

Jesus reivindicava plena divindade para o Espírito Santo: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14-16).20 Ao chamar o Espírito Santo allon parakleton ("outro ajudador do mesmo tipo que Ele mesmo"),21 Jesus afirmou que tudo quanto pode ser afirmado a respeito de sua natureza pode ser dito a respeito do Espírito Santo. Por isso, a Bíblia dá testemunho da divindade do Espírito Santo como a Terceira Pessoa da Trindade.

O Salmo 104.30 revela o Espírito Santo como o Criador: "Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra". Pedro se refere a Ele como Deus (At 5.3,4), e o autor da Epístola aos Hebreus chama-o "Espírito eterno" (Hb 9.14).

A exemplo de Deus, o Espírito Santo possui os atributos da Deidade. Ele tem conhecimento de todas as coisas: "O Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus... Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus" (1 Co 2.10,11). Ele está presente em todos os lugares (SI 139.7,8). Embora o Espírito Santo distribua dons entre os cristãos, Ele mesmo permanece sendo "um só" (1 Co 12.11); Ele é constante na sua natureza. Ele é a Verdade (Jo 15.26; 16.13; 1 Jo 5.6). Ele é o Autor da Vida (Jo 3.3-6; Rm 8.10) mediante o renascimento e a renovação (Tt 3.5) e nos sela para o dia da redenção (Ef 4.30).

O Pai e nosso Santificador (1 Ts 5.23), Jesus Cristo é nosso Santificador (1 Co 1.2), e o Espírito Santo é nosso Santificador (Rm 15.16). O Espírito Santo é nosso "Conse­lheiro" (Jo 14.16,26; 15.26), e habita naqueles que o temem (Jo 14.17; 1 Co 3.16,17; 6.19; 2 Co 6.16). Em Isaías 6.8-10, o profeta indica que Deus está falando, e Paulo atribui a mesma passagem ao Espírito Santo (At 28.25,26). No que tange a isso, João Calvino observa: "Realmente, onde os profetas usualmente dizem que as palavras que pronunciam são as do Senhor dos Exércitos, Cristo e os apóstolos as atribuem ao Espírito Santo [cf. 2 Pe 1.21]". Calvino conclui: "Segue-se, portanto, que quem é o autor preeminente das profecias é verdadeiramente Jeová [Yahweh]".22

"O conceito do Deus Trino e Uno acha-se somente na tradição judaico-cristã".23 Esse conceito não surgiu mediante a especulação dos sábios deste mundo, mas através da reve­lação outorgada passo a passo na Palavra de Deus. Em todos os escritos dos apóstolos, a Trindade é implícita e tomada como certa ( Ef 1.1-14; 1 Pe 1.2). Fica claro que o Pai, o Filho e o Espírito Santo, existem eternamente como três Pessoas distintas, mas as Escrituras também revelam a uni­dade24 dos três membros da Deidade.25

As Pessoas da Trindade têm vontades separadas, porém nunca conflitantes (Lc 22.42; 1 Co 12.11). O Pai fala ao Filho, empregando o pronome da segunda pessoa do singu­lar: "Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido" (Lc 3.22). Jesus se oferece ao Pai pelo Espírito (Hb 9.14). Declara que veio "não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6.38).

O nascimento virginal de Jesus Cristo revela o interrelacionamento entre os três membros da Trindade. O relato de Lucas diz: "E, respondendo o anjo, disse-lhe: Des­cerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lc 1.35).

O único Deus é revelado como a Trindade na ocasião do batismo de Jesus Cristo. O Filho subiu das águas. O Espírito Santo desceu como pomba. O Pai falou dos Céus (Mt 3.16,17). Por ocasião da criação, a Bíblia menciona o envolvimento do Espírito (Gn 1.2). O autor da Epístola aos Hebreus, porém, declara explicitamente que o Pai é o Criador (Hb 1.2), e João demonstra que a criação foi realizada "por meio do"26 Filho (Jo 1.3; Ap 3.14). Quando o apóstolo Paulo anuncia aos atenienses que Deus "fez o mundo e tudo que nele há" (At 17.24), a única conclusão a que podemos razoavelmente chegar (juntamente com Atanásio) é que Deus é "um só Deus na Trindade, e a Trindade na Unidade".

A ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos é outro exemplo notável do relacionamento dentro da Deidade Trina e Una na redenção. Paulo declara que o Pai de Jesus Cristo ressuscitou nosso Senhor dentre os mortos (Rm 1.4; cf. 2 Co 1.3). Jesus, contudo, declarou enfaticamente que ressuscita­ria seu próprio corpo da sepultura na glória da ressurreição (Jo 2.19-21). Noutro texto, Paulo declara que Deus, medi­ante o Espírito Santo, ressuscitou Cristo dentre os mortos (Rm 8.11; cf. Rm 1.4). Lucas coroa teologicamente a orto­doxia trinitariana ao registrar a proclamação do apóstolo Paulo aos atenienses de que o único Deus ressuscitou a Cristo dentre os mortos (At 17.30,31).

Jesus coloca os três membros da Deidade no mesmo plano ao ordenar aos seus discípulos: "Ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19).

O apóstolo Paulo, judeu monoteísta treinado pelo gran­de erudito rabínico Gamaliel, hebreu de hebreus; segundo a lei, fariseu (Fp 3.5), deu o carimbo definitivo à teologia trinitariana, conforme revela a sua saudação à igreja em Corinto: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos" (2 Co 13.14).27 Os dados oferecidos pela Bíblia levam-nos decidi­damente à conclusão de que, dentro da natureza do único Deus verdadeiro, há três Pessoas, sendo que cada uma é co-eterna, co-igual e co-existente.

O teólogo ortodoxo subordina humildemente os seus pensamentos sobre a teologia trinitariana aos dados revela­dos na Palavra de Deus de maneira bem semelhante ao físico quântico ao formular a teoria paradoxal das partículas de ondas:

Os físicos quânticos concordam entre si que as entidades subatômicas são uma mistura de propriedades de ondas (W), de propriedades de partículas (P), e de propriedades quânticas (h). Os elétrons de alta velocidade, ao serem atirados através de um filme metálico, ou de cristal de níquel (como raios catódicos rápidos ou até mesmo como raios-B), difratam como raios-X. Em princípio, o raio-B é igual à luz solar empregada numa experiência de dupla ranhura ou biprísmica. A difração é um critério de comportamento semelhante a raios nas subs­tâncias; toda a teoria clássica das ondas baseia-se nisso. Além desse comportamento, porém, há muito tempo que os elétrons vêm sendo considerados partículas com carga elétrica. Um campo magnético transversal defletirá um feixe de elétrons e seu padrão de difração. Somente as partículas comportam-se dessa maneira; toda a teoria eletromagnética depende disso. Para explicar todas as evidências, os elétrons devem ser tanto partículas quando ondulatórios [grifos nossos]. Um elétron é um Pwh.28

A analogia entre a Trindade e o Pwh ilustra muito bem as precauções preliminares desse capítulo, ou seja: embora o teólogo sempre deva esforçar-se por conseguir a racionalidade na formulação teológica, ele também deve preferir a revela­ção às restrições finitas da lógica humana. A Escritura, e tão­ somente ela, é o ponto de partida para a teologia da Igreja Cristã.

A Santíssima Trindade - Parte II

 

Evidências Bíblicas para a Doutrina


O Antigo Testamento

Deus, no Antigo Testamento, é um só Deus, que se revela pelos seus nomes, pelos seus atributos e pelos seus atos.9 Mesmo assim, o Antigo Testamento lança alguma luz sobre a pluralidade (uma distinção de Pessoas) na Deidade: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa se­melhança" (Gn 1.26).10 Que Deus não poderia estar conver­sando com anjos, ou com outros seres não-identificados, fica evidente no versículo 27 que se refere à criação do homem "à imagem de Deus". O contexto indica uma comunicação interpessoal divina, que requer uma unidade de Pessoas na Deidade.

Outras distinções pessoais na Deidade são reveladas nos textos que se referem ao "anjo do SENHOR" (hb. Yahweh). Esse anjo é distinguido de outros anjos. E pessoalmente identificado com Javé e, ao mesmo tempo, distinguido dEle (Gn 16.7-13; 18.1-21; 19.1-28; 32.24-30. Jacó diz: "Tenho visto a Deus face a face", com referência ao anjo do Senhor). Em Isaías 48.16; 61.1; e 63.9,10, o Messias fala. Numa oca­sião, Ele se identifica com Deus e o Espírito em união pessoal como os três membros da Deidade. Mas noutra ocasião, o Messias continua (ainda falando na primeira pessoa) a dis­tinguir-se de Deus e do Espírito.

Zacarias lança muita luz sobre o assunto ao falar, em nome de Deus, a respeito da crucificação do Messias: "E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigénito; e chorarão amargamen­te por ele, como se chora amargamente pelo primogênito" (Zc 12.10). Fica claro que o único Deus verdadeiro está falando na primeira pessoa ("mim") com referência a ter sido "traspassado", mas Ele mesmo faz a mudança grama­tical da primeira para a terceira pessoa ("ele") com rela­ção aos sofrimentos do Messias pelo fato de ter sido "tras­passado". A revelação da pluralidade na Deidade fica bem evidente nesse texto bíblico.

Assim saímos das sombras e prefigurações do Antigo Testamento para a luz maior da revelação no Novo Testa­mento.

A Santíssima Trindade - Parte I

 

Kerry D. McRoberts


O Pai incriado, o Filho incriado: o Espírito Santo incriado.

O Pai incomensurável, o Filho incomensurável: o Espíri­to Santo incomensurável.

O Pai eterno, o Filho eterno: o Espírito Santo eterno.

E, mesmo assim, não são três eternos: mas um só eterno.1

A Trindade é um mistério. A aceitação reverente do que não é revelado nas Sagradas Escrituras faz-se necessário an­tes de se perguntar a respeito de sua natureza. A glória ilimitada de Deus deve ser uma forma de nos conscientizar com respeito à nossa insignificância em contraste com aquEle que é "sublime e exaltado".

Nosso reconhecimento dos mistérios de Deus, especial­mente da Trindade, exige que abandonemos a razão? Nada disso. Na Bíblia, de fato, há muitos mistérios, mas "o cristia­nismo, como 'religião revelada', centraliza-se na revelação e a revelação (segundo sua própria definição) torna manifes­to em vez de ocultar":2

A razão se vê diante de uma pedra de tropeço quando confrontada pela natureza paradoxal da doutrina trinitariana. "Mas", asseverou Martinho Lutero, de modo enérgico, "pos­to que se baseie claramente nas Escrituras, a razão precisa conservar-se em silêncio sobre o assunto; devemos tão-so­mente crer".3

Por isso, o papel da razão é o de auxiliar, e nunca de dominar (atitude racionalista), a entender as Escrituras, especialmente no tocante à formulação da doutrina da Trindade.4 Não estamos, pois, tentando explicar Deus, mas, sim, considerar as evidências históricas que estabelecem a identi­dade de Jesus como homem e também como Deus (em virtude dos seus atos milagrosos e do seu caráter divino) e, ainda, "incorporar a verdade que Jesus tornou válida no que diz respeito ao seu relacionamento eterno com Deus Pai e com Deus Espírito Santo".5

Historicamente, a Igreja formulou a doutrina da Trinda­de em razão do grande debate a respeito do relacionamento entre Jesus de Nazaré e o Pai. Três Pessoas distintas - o Pai, o Filho e o Espírito Santo - são manifestadas nas Escrituras como Deus, ao passo que a própria Bíblia sustenta com tenacidade o Shema judaico: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR" (Dt 6.4).6

A conclusão, baseada nas Escrituras, é que o Deus da Bíblia é (nas palavras do Credo Atanasiano) "um só Deus na Trindade, e a Trindade na Unidade". Isso soa irracional? Semelhante acusação contra a doutrina da Trindade pode ser, por si mesma, classificada de irracional: "Irracional é suprimir a evidência bíblica em favor da Trindade para favo­recer a Unidade, ou a evidência em favor da Unidade para favorecer a Trindade".7 "Nossos dados devem ter precedên­cia sobre nossos modelos - ou, melhor, nossos modelos de­vem refletir de modo sensível a gama inteira dos dados".8 Por isso, nosso olhar metodológico deve estar baseado na Bíblia no que diz respeito à relação tênue entre a unidade e a trindade para não polarizarmos a doutrina da Trindade num dos dois extremos: a supressão das evidências em favor da unidade (o que resultaria no unitarianismo, ou seja: que reconhece em Deus somente uma única pessoa) ou o abuso das evidências em favor de triunidade (o que resultaria no triteísmo - três deuses separados).

Uma análise objetiva dos dados bíblicos no tocante ao relacionamento entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, revela que essa grandiosa doutrina não é uma noção abstrata, mas, na realidade, uma verdade revelada. Por isso, antes de consi­derarmos o desenvolvimento histórico e a formulação da teologia trinitariana, examinaremos as evidências bíblicas nas quais a doutrina se fundamenta.

TEOLOGIA SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON


Todas as Profecias da Bíblia - Jhon F. Walvoord


Descrição

O livro Todas as Profecias da Bíblia traz uma riquíssima análise das diversas profecias bíblicas, o autor aborda tanto as que já se cumpriram quanto as que ainda vão se cumprir.
 Você observará que esta é uma abordagem muito didática e de fácil compreensão, que traz as profecias respeitando a ordem com que elas aparecem nas Escrituras.
Esta leitura é muito recomendada aos pastores, aos seminaristas e todos os que buscam compreender a palavra de Deus.
 Ao tentarmos comunicar o significado das Escrituras com respeito ao passado e futuro, a profecia serve para trazer luz e compreensão a muitos aspectos de nossa vida presente, bem como de nossa esperança futura. Num esforço de entender e interpretar corretamente a profecia como um exercício teológico válido e justificável, é necessário estabelecer uma base adequada de interpretação.?
 Alguns recursos presentes no livro:
- Um panorama profético de cada livro da Bíblia;
- Apresentação das profecias do AT e NT;
- Um capítulo voltado para a visão que João teve do céu e do fim dos tempos;
- A segunda vida de Cristo;
 O autor John F. Walvoord trabalha com a interpretação das profecias bíblicas. Possui doutorado em teologia e atua como professor. Além disso, tem mais de 50 livros publicados.



História, Milagres e Profecias da Bíblia

 

Descrição

História, Milagres e Profecias da Bíblia, destina-se tanto aos interessados em aprofundar seus conhecimentos da bendita Palavra de Deus, como à evangelização. Produzido ao longo de mais de duas décadas de pesquisas, este livro apresenta de maneira simples o plano divino para redimir a humanidade caída. Neste trabalho o leitor encontrará os pontos mais salientes da inspiradora história da Bíblia, desde os primeiros manuscritos em argila, papiro ou peles de animais, até às incríveis tiragens de milhões de exemplares em nossos dias. História, Milagres e Profecias da Bíblia é, também, uma boa introdução ao estudo da escatologia bíblica — o apaixonante tema de alguns dos livros de Abraão de Almeida.



HISTÓRIA, DOUTRINA E INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA


Descrição

Este livro é um dos mais conceituados estudos do Livro Sagrado e referência dentro do pensamento cristão nos últimos séculos por sintetizar e ordenar, de forma clara e didática em seu conteúdo, conhecimento histórico (origens, língua, cânon), doutrina, teologia e interpretação da Bíblia, tornando-o um valioso auxílio para seu estudo.



Merecem confiança as Profecias

 

Descrição

Escrita em estilo atrativo, esta obra tem o propósito de esclarecer ao estudioso da Palavra de Deus o que seja profeta, quais são as suas credenciais e virtudes e o seu estilo de vida. Registra as profecias que tiveram seu real cumprimento e as que estão na iminência. Apresenta Moisés como o modelo de todos eles e Cristo, o espírito da profecia. Relata a diferença entre os mensageiros do Antigo e do Novo Testamento, e muitos outros tópicos que tornam este livro credenciado a dirimir dúvida que existem neste campo.


GEOGRAFIA BÍBLICA - CLAUDIONOR DE ANDRADE


Descrição

Neste livro o autor leva o leitor a percorrer Israel, ao descrever com muita propriedade as planícies, os vales, os planaltos, os montes, os desertos, a hidrografia, o clima, a flora, a fauna e os minérios da Terra Santa. Uma das maneiras mais emocionantes de se entender as histórias sagradas.



sexta-feira, 25 de setembro de 2020

História ilustrada do cristianismo - Vol. 2: A era dos reformadores até a era inconclusa

 

Descrição

A Era dos Reformadores Até a Era Inconclusa Publicada por Vida Nova desde 1980, História Ilustrada do Cristianismo é sem dúvida alguma uma das mais respeitadas obras de história da igreja. De fácil leitura, acessível e abrangente, esta segunda edição revisada, agora em 2 volumes, veio para facilitar a consulta e a leitura. O volume 2 abrange os cinco últimos volumes da primeira edição – de “A era dos reformadores” até “A era inconclusa”. Incluiu-se ainda o “Roteiro de leitura”, excelente recurso para uso em sala de aula, servindo como resumo e guia para explorar o vasto campo da história eclesiástica. As ilustrações, imagens e quadros espalhados ao longo do livro enriquecem e embelezam o estudo desta obra. Sem dúvida alguma, o leitor está diante de uma das mais respeitadas obras de história da igreja. De fácil leitura, acessível e abrangente, a segunda edição de HIC, em novo formato, será uma ferramenta muito útil nas mãos de seminaristas, professores, pastores e interessados na história do cristianismo.



História ilustrada do cristianismo - Vol. 1: A era dos mártires até a era dos sonhos frustrados

 

Descrição

Publicada por Vida Nova desde 1980, História Ilustrada do Cristianismo é sem dúvida alguma uma das mais respeitadas obras de história da igreja. De fácil leitura, acessível e abrangente, esta segunda edição revisada, agora em 2 volumes, veio para facilitar a consulta e a leitura. O volume 1, primeiro a ser lançado, abrange os cinco primeiros volumes da primeira edição – de “A era dos mártires” até “A era dos sonhos frustrados”. Incluiu-se ainda o “Roteiro de leitura”, que serve como resumo e guia para explorar o vasto campo da história eclesiástica. As ilustrações, imagens e quadros espalhados ao longo do livro enriquecem e embelezam o estudo desta obra.



Raízes Da Teologia Contemporânea / Hermisten Maia

 

Descrição

Teologia contemporânea é o estudo analítico-crítico das manifestações teológicas surgidas após a Reforma e, em geral, contrárias ao sistema dela. Isso não significa que a Teologia contemporânea tenha como escopo, por exemplo, o catolicismo, não; na realidade ela estuda, com evidente maior ênfase, a “Teologia protestante” proveniente da Reforma, especialmente aqueles teólogos e/ou movimentos que seguiram caminhos que contradisseram – ainda que parcialmente – o pensamento e o espírito da Reforma, exercendo uma influência decisiva no desenvolvimento teológico, quer “ortodoxo”, quer não.




DICIONARIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA

 

Descrição

Em abril de 2005, a Editora Objetiva e o Instituto Antonio Houaiss assinaram contrato para a elaboração de um novo dicionário que guardasse a estrutura e as informações do Grande Dicionário Houaiss, mas com desenvolvimento de conteúdo e projeto gráfico que permitissem preço final acessível a um número maior de leitores. Partindo dessas premissas, a equipe montada pelo instituto e pela editora trabalhou na elaboração desta obra feita de acordo com o saber de Antônio Houaiss e fundamentada no vasto conhecimento lexicográfico acumulado ao longo de duas décadas de trabalho de especialistas. Quando o trabalho estava concluído, em processo de revisão final para publicação, surgiu um dado novo: o governo brasileiro anunciou a iminente implementação do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Diante deste fato, o instituto e a editora montaram nova equipe, desta vez para adaptar integralmente a obra às regras da reforma. Após três anos e oito meses de trabalho, a Editora Objetiva e o Instituto Antônio Houaiss lançaram o novo Dicionário Houaiss, integralmente grafado segundo o novo Acordo Ortográfico. Segundo Mauro Villar - lexicógrafo-chefe do Instituto Antônio Houaiss - para reduzir o seu volume sem perder conteúdo, o novo Dicionário Houaiss utilizou técnicas lexicográficas de compressão e síntese de informações que resultaram numa "obra ágil e prática, com todas as qualidades do Grande Houaiss e um número de informações sobre a língua maior do que é possível encontrar em dicionários desta extensão." O novo Dicionário Houaiss contém 442 mil entradas, locuções e acepções e 2.048 páginas. 




quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Comentário expositivo Romanos - R. C. Sproul, Notas de estudo de Teologia

 

Descrição

 “Este livro… não lhes dará o mais completo discernimento possível de todos e de cada um dos versículos contidos neste livro bíblico … concentrei-me nos temas e ideias-chave de cada porção estudada.” RC Sproul Robert Charles Sproul (MDiv, PhD) é pastor de ensino e pregação da Saint Andrew’s Chapel em Sanford, Flórida. Entre muitos outros títulos, escreveu ou contribuiu para A glória de Cristo, Amados por Deus, Apascenta o meu rebanho, A santidade de Deus, Avante soldados de Cristo, Boa pergunta!, Como viver e agradar a Deus, Crer e observar, Discípulos hoje, Eleitos de Deus, Eu não sei mais em quem tenho crido, O conhecimento das Escrituras, O mistério do Espírito Santo, O sacerdote com a roupa suja, O que é teologia reformada, O rei sem sombra, Sola gratia, Sola Scriptura, Verdades essenciais da fé cristã, todos da Editora Cultura Cristã.

O Dr. R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da Igreja St. Andrews Chapel, na Florida. Fundador e presidente do ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências, autor de mais de sessenta livros, vários deles publicados em português, e editor geral da Reformation Study Bible. Durante os seus mais de quarenta anos de ministério no ensino acadêmico e na igreja, o Dr. Sproul tem se dedicado a transmitir com clareza as verdades profundas e práticas da Palavra de Deus. É casado com Vesta Ann, e o casal tem dois filhos, já adultos.



O Tabernáculo | Elienai Cabral

 

Descrição

O Tabernáculo | Elienai Cabral Junior

O livro O Tabernáculo é um livro de apoio à revista Lições Bíblicas de Adultos do 2º trimestre de 2019, também comentada pelo autor Elienai Cabral Junior. O livro apresenta o estudo sobre o Tabernáculo buscando entender que ele também um tipo perfeito de Jesus Cristo, pois ele também foi à manifestação visível de Deus e habitou em meio ao povo.

O estudo do Tabernáculo propicia um imenso conhecimento bíblico que expõe verdades espirituais para a vida e uma reflexão sobre o tipo de relacionamento que Deus sempre buscou com o Seu povo.



Filipenses - A Humildade De Cristo Como Exemplo Para a Igreja

 

Descrição
A humildade de Cristo como exemplo para a igreja.

Nesta obra, o pastor Elienai Cabral consegue mostrar a preocupação do apóstolo Paulo em ensinar aos habitantes de Filipos não somente as doutrinas de Cristo, mas orientavam os cristãos quanto ao comportamento que deviam ter em relação ao mundo hostil daqueles dias contra a Igreja. Porém essa carta, em especial, é um libelo de amor e gratidão aos filipenses pelo cuidado deles com os obreiros que serviam a Cristo.



Antigo e Novo Testamento Interpretado | Russell Norman Champlin

Descrição

O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo


Russell Norman Champlin nos apresenta no livro O novo testamento interpretado versículo por versículo um comentário completo com um estudo sobre cada livro do Novo Testamento a fim de introduzir o leitor em uma pesquisa sobre cada livro. 

No livro O novo testamento interpretado, Russell Norman Champlin apresenta a grafia original em grego de cada versículo e paralelamente, a fim de facilitar o estudo, a tradução em português comentada. Este livro é uma obra de referência para estudos no Novo Testamento.


O livro O novo testamento interpretado é composto por 6 volumes.

- O mais completo comentário do Novo Testamento já publicado no Brasil.

- O versículo com destaque em negrito;

- Texto original em grego;

- Explicação do versículo no contexto do capítulo;

- Explicação etimológica da palavra-chave do versículo;

- Vários comentários sobre cada versículo;

- Significado da palavra-chave do versículo em vários contextos.

 

Antigo Testamento Interpretado | Russel Norman Champlin

 

Além do que já é tradição nessa edição:

- Os comentários sobre cada capítulo; 

- As explicações de cada versículo no contexto do capítulo; 

- O significado das palavras-chave e dos principais termos; 

- As referências bibiográficas; 

- Além de muitos outros recursos, tudo de maneira bem clara, fiel e confiável. 

O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo é um excelente instrumento para estudos, para a preparação de sermões, para o aprofundamento dos seus conhecimentos e, principalmente, para o seu crescimento espiritual.

A edição revista e atualizada da nossa coleção 'O Antigo Testamento interpretado' acabou de chegar por aqui. Além da revisão, à edição foi acrescida versões em hebraico dos textos bíblicos.



Bíblia de Estudo Arqueológica NVI

 

Descrição

Já pensou em unir a Palavra de Deus com estudos sobre a época em que tudo aconteceu? Já? Algum material já te deu suporte para fazer um estudo dessa completude? Notando essa deficiência no mercado cristão do Brasil, a Editora Vida oferece aos estudiosos e leitores da Palavra de Deus a Bíblia de Estudo Arqueológica.

Uma Bíblia que oferece fotos, artigos e informações arqueológicas riquíssimas com a intenção de lhe auxiliar na união dos estudos históricos e bíblicos, comprovando e aprofundando através da arqueologia as informações bíblicas.

Embarque nessa viagem pelas terras de Israel, Egito e muitos outros lugares em épocas totalmente remotas, ao lado de personagens bíblicos e históricos como Davi, Moisés, Paulo, Pedro e Jesus. Mergulhe na história através de sítios arqueológicos, notas históricas e culturais dos povos que aparecem na Bíblia, pessoas, terras e grandes personalidades antigas. Além de você notar mais uma vez a confiabilidade da Bíblia verá que o livro que está em nossas mãos diariamente é um documento de enorme preciosidade cultural e histórica.



Coleção - As Obras de Armínio

 

Descrição

Livre Arbítrio x Predestinação, Graça Irresistível x Vontade Permissiva... Para todos os que se interessam pela teologia, não é segredo que o mundo protestante/evangélico se divide em arminianos e calvinistas. A bem da verdade, o esquema de doutrina teológica conhecido durante os últimos dois séculos como Arminianismo não recebeu essa denominação pelo fato de Armínio ter sido o seu autor, mas porque ele coletou e incorporou, em um único sistema, as observações dispersas e frequentemente incidentais dos patriarcas cristãos e dos primeiros clérigos protestantes e também explicou e defendeu este esquema de forma mais plena e definitiva do que qualquer outro autor anterior. 

A igreja evangélica brasileira em sua grande maioria, se identifica com a visão arminiana, porém, por mais paradoxal que seja, até a presente data, não possuía traduzida para o português toda a extensão do pensamento deste importante teólogo reformado. Isto levava a sui generis situação onde muitos evangélicos brasileiros, inclusive pastores, se reconheçam como arminianos sem, de fato, terem lido uma linha sequer de seus escritos acerca da Predestinação, Providência Divina, o livre-arbítrio, a Graça de Deus, A divindade do filho de Deus e a justificação do homem, entre diversos outros assuntos. 

Esta obra vem preencher esta importante lacuna de nossa literatura e, por que não dizer, na teologia da igreja brasileira. 


terça-feira, 22 de setembro de 2020

Entendendo Jesus Segundo o Novo Testamento - Parte II

 Servo e Profeta

O contexto de Atos 3.12-26 é a cura do homem à porta Formosa. Este milagre atraiu uma multidão, e Pedro pregou a todos. Iniciou com o fato de que Deus glorificou a "seu Filho Jesus" (v. 13) depois de os judeus de Jerusalém o terem morto. Mataram Jesus, apesar de ser Ele "o Príncipe [ou Autor] da vida" (v. 15). Que paradoxo! Como se pode matar o Originador da vida? Tal não deveria ter ocorrido, mas aconteceu.

"Servo" é outro importante título de Jesus. No v. 13, a palavra grega é pais ("servo", e também "criança"). Algumas versões da Bíblia trazem o termo "Filho" ("criança"), mas, em Atos 3 e 4, "Servo" é mais apropriado. Não foi crucificada a criança, mas o homem Jesus, carregando os pecados do mundo. O contexto exige "servo", pois em Atos 3 uma cristologia do Servo começa a despontar. Note como, a partir do v. 18, as profecias do Antigo Testamento vindicam Jesus como o Messias de maneiras inusitadas para os judeus. Estes esperavam que Cristo reinasse, não que sofresse.

Pedro declara que Jesus voltará (vv. 20,21) - fato não mencionado no cap. 2. E então, depois dessa segunda vinda, Deus restaurará todas as coisas segundo as profecias no Antigo Testamento. Note que não é agora o tempo da restauração de todas as coisas. O texto o coloca claramente no futuro. Quando chegar essa hora, ocorrerá a segunda vinda de Jesus. Começará o Milênio, e toda a realidade da era futura, descrita em vários livros da Bíblia, terá o seu começo. 27

Em seguida, Pedro apresenta Jesus como o Profeta seme­lhante a Moisés (vv. 22,23). Moisés havia declarado: "O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis" (Dt 18.15). Seria natural dizer que Josué cumpriu essa profecia. Josué, o segui­dor de Moisés, realmente veio depois deste e foi um grande libertador de seu tempo. Surgiu, porém, outro Josué (na língua hebraica, os nomes Josué e Jesus são idênticos).28 Os cristãos primitivos reconheciam Jesus como o derradeiro cumprimento da profecia de Moisés.

No final do capítulo (vv. 25,26), Pedro lembra aos ouvin­tes a aliança com Abraão, muito importante para se enten­der a obra de Cristo: "Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o en­viou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades". Claro está que, agora, é Jesus quem traz a bênção prometida e cumpre a aliança com Abraão - e não apenas a Lei dada por meio de Moisés.

TEOLOGIA SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON

O Antigo Testamento Interpretado – Russell Norman Champlin

 


Descrição

Uma das obras mais relevantes do mercado teológico acaba de passar por ampla revisão. Nesta nova edição, a coleção Antigo Testamento Interpretado – agora editada em cinco volumes – passa a contar com texto em hebraico dos versículos analisados pelo estudioso Dr. R. N. Champlin.

Em suas páginas, o leitor terá a oportunidade de acompanhar versículo a versículo todas as passagens do Antigo Testamento, tendo como auxílio:

– Os comentários sobre cada capítulo;
– As explicações de cada versículo no contexto do capítulo;
– O significado das palavras-chave e dos principais termos;
– As referências bibiográficas;
– Além de muitos outros recursos, tudo de maneira bem clara, fiel e confiável.

O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo é um excelente instrumento para estudos, para a preparação de sermões, para o aprofundamento dos seus conhecimentos e, principalmente, para o seu crescimento espiritual.

Uma obra importantíssima e imprescindível na sua biblioteca por muitos e muitos anos.



COLEÇÃO COMENTÁRIO ESPERANÇA NT

Descrição

Os comentários Esperança conquistarão leitores que buscam explicações de textos em geral e também para os mais difíceis. O propósito que motiva o comentário é esclarecer as preciosidades ocultas nas páginas do texto sagrado. Os autores dos Comentários Esperança oferecem um sem-número de conhecimentos que revelam o pensamento dos autores inspirados.”

Russel P. Shedd (Pr. Dr.) (1929-2016).

"É com alegria que recebemos a Série de Comentários Esperança, abrangendo todos os livros do Novo Testamento." 

Rudi Zimmer (Rev. Dr.) - Diretor Executivo SBB - Sociedade Bíblica do Brasil

"Recomendo com toda a ênfase a Série completa dos Comentários Esperança."

Itamir Neves - Professor, produtor e apresentador do Programa "Através da Bíblia" da RTM - Rádio TransMundial.

"Os comentários Esperança são uma ferramenta indispensável para quem estuda seriamente a Bíblia. Elaborados dentro da renomada tradição da pesquisa teológica alemã, tendo como autores nomes de peso como Werner de Boor e Fritz Rienecker, a série é útil para o estudioso, o pregador e o pastor, principalmente, por praticar uma hermenêutica de afirmação do texto bíblico e de sua autoridade para a Igreja."

Luiz Sayão - Professor, hebraista, escritor, tradutor da Bíblia e editor do programa "Rota 66" da RTM - Rádio TransMundial.


A coleção "Wuppertaler Studienbibel" é uma série voltada para a igreja que lê a Bíblia. Ela parte do princípio de que a Bíblia é a Palavra de Deus, anotada e transmitida por pessoas. Ou seja: seus comentários precisam fazer justiça a esse caráter duplo da Escritura Sagrada.

Uma interpretação adequada olha para trás, pesquisando a História e mantem-se aberta ao fato de que Deus trabalha na e por meio da Palavra na vida do leitor e ouvinte. Mas todo o trabalho histórico e teológico com o texto não passa de obra “preparatória”. A real obra é feita pelo próprio Deus. Por isso, uma coisa não pode faltar durante todo o trabalho de interpretação: a oração. Oração durante a leitura, a interpretação e a verificação da interpretação à luz da própria Escritura. Quando isso acontece, escancara-se a porta aos novos conhecimentos e compreensões da revelação divina e da vontade de Deus.